quinta-feira, 22 de setembro de 2011

I'm myself, like somehow.

Ainda nao consigo levantar aquele sorriso varal
parece que todos estão em harmonia e eu dançando na borda
a cabeça dói como sempre, o corpo pede, a ansia é justa.
guardo um traçado para alegrar meus poucos dias
e assim estou.

domingo, 16 de janeiro de 2011

domingo.

já são quase 18:00, e parece que acordei as nove. Não eu acordei à duas horas atras.
fiz o café, mas meu estomago nao aguenta mais uma gota, mais uma fúria.
fumei incontaveis cigarros, mas meu estomago não aguenta mais uma tragada, mais uma dúvida.
louça pra lavar, sol lá fora e o tic-tac do relogio que nao está de acordo com o meu biológico.
chegou a hora.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

infolac.k

é simplismente esperar que outros terão o minímo de consideração contigo, o mínimo de senso enquanto tu fica escolhendo a dedos qual palavras usar. After these pills, I'm still awake and dead inside, like on a roof picking up the sun right down my eyelashes. Dont feel sorry, don't feel shamed, don't feel nothing, just be by my side when i gone, soon. now. gone.

domingo, 21 de novembro de 2010

cabide.

acabei de descobrir, sou um cabide.
para aqueles que querem sorrir com histórias infantis.
para aqueles que pensam que vivo perfeitamente.
para aqueles que acham que tenho um bom gosto.
para aqueles que gostam de uma boa noite.
para aqueles que querem fugir da rotina.
para aqueles que querem ouvir sobre a taxa selic.
para aqueles que querem um abraço caloroso.
para aqueles que querem um café bem degustado.
para aqueles que querem um vinho de uma boa safra.
para aqueles que querem sugar o que restou.
para aqueles que querem uma carona.
para aqueles que querem uma companheira engraçada.
para aqueles que pensam que é fácil.
para aqueles que não acham o caminho de volta.

só um cabide, mantenho o sorriso armado, mas preciso de um cabideiro.
wicked lies.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

quantos?

já foram quantos depois?
quantos vinhos mal degustados? tantos abraços não aproveitados, tantos passos...

já foram quantos depois?
quantos jantares? tantas pessoas, tanta burocracia...

já foram quantos depois?
quantos diálogos infundados? tantos idiotas, quantos anos...

já foram quantos depois?
quantos pés? tantos dedos, tanto desperdício...

já foram quantos depois?
quantos sinais? tantas músicas repetidas, tantas e tantos.

mas continua aqui a bater.

domingo, 10 de outubro de 2010

começo do fim do começo.

isso não seria publicado, mas preciso guardar em algum lugar.

Venho por meio deste dizer adeus.

Dizer adeus ao nosso primeiro encontro regado a expectativas. Dizer adeus as suas rimas e meus preceitos. Dizer adeus pois tudo que vive, morre.

Dizer adeus aos nossos pratos prediletos, ao molho gostoso, à guaca e o único petit gateau que me conquistou.

Venho por meio deste dizer adeus.

Dizer adeus aos nossos atritos, aos nosso conflitos, e tudo que queríamos era ser felizes um ao lado do outro. Dizer adeus as noites não dormidas, dos kilometros rodados, aos discos tocados. Dizer adeus aos seus braços que me aqueceu quando precisei e não terei mais a oportunidade de retribuir.

Venho por meio deste dizer adeus.

Dizer adeus aos seus sorrisos, aos seus dedos, seus pensamentos, suas filosofias que sempre admirei e nunca tive coragem suficiente pra reconhecer. Dizer adeus ás cervejas, os carmeneres degustados.

Dizer adeus aos presentes, as fotos que deixamos pra tras, os momentos memográficos também.

Venho por meio deste dizer adeus.

Dizer adeus ao nosso desrepeito, do tempo desperdiçado, das cartas não enviadas. Dizer adeus ao cheiro que insiste em ficar, ao beijo que agora compartilha com alguem que provavelmente mereça.

Dizer adeus ás dores tomadas, aos conselhos dados e nem sempre seguidos.

Venho por meio deste dizer adeus.

Dizer adeus a essa que vos escreve. A essa que cansou de perder. A essa que se sente inútil e não vê mais brilho em nenhum olhar. A essa que a perseverança não vive mais. A essa que percorre esses caminhos sempre perdida. A essa que esperava superar, e o fracasso ficou.

Venho por meio deste dizer adeus.

As minhas atitudes infantis. As minhas mentiras mal alimentadas. As minhas mãos que tocam e não sentem mais. A essa que só cavou buracos, e não galgou absolutamente nada. A essa velha escrota e tão imbecil ao ponto de negar a propria realidade para satisfazer os outros. A essa gorda com olheiras de tanto dar loopings em noites de benzodiazepínicos.

Venho por meio deste dizer adeus.

A esse que fez meus olhos acreditarem em um futuro. A esse que me espelhou vida e brilho eterno. A esse que és tão inteligente e as vezes consegue ouvir as notas mais sutis. A esse que desabafou, que confiou seus segredos em minha boca suja, A esse que, não canso de falar, brilha.

Venho por meio deste dizer adeus.

A minha familia que sempre me apoiou de uma maneira deles, e eu sempre egoista querendo do meu jeito. A minha mãe que é um coração ambulante, com suas incertezas e suas belezas. Seu pé que sempre balança quando dorme e tem meu dedinho. Ao seu cheiro que me conforta que chega inebriar. Ao seu tempo dedicado a essa que vos escreve, sempre válido, e não soube aproveitar. Minha eterna companheira.

Venho por meio deste dizer adeus.

Ao meu pai, que sempre foi meu amigo e também soube me criar de sua forma e não soube aproveitar. Que me falou as palavras mais rispidas que já ouvi, mas nas minhas veias corre sua vida. Aos tempos que por ignorância ou até mesmo inexperiência dele não soube demonstrar muito, mas sempre sentiu, tens um coração de ouro.

Venho por meio deste dizer adeus.

A minha irmã. Que me afastei de tal forma que só lembro de seus rosto quando olho no espelho. De quando ela chegava do trabalho e fazia sua salada de atum.Venho dizer adeus à tudo que ela me ensinou, diretamente ou não, és alguém que sempre admirei por sua garra e seu esforço. As vezes que me acordava pra ir ao colegio, que me levava pra sair com seus amigos, tipo a irmã pentelha. Que brincou comigo, sempre. Tens o sorriso mais contagiante que vi.

Venho por meio deste dizer adeus.

A minha avó. Que sempre me acolheu em todos os momentos. Que cozinhava minha canja predileta e fazia o melhor carinho nas costas. Que sempre debateu os piores programas de tv e ao mesmo tempo sempre orou por mim. Aproveitando o ensejo, venho dizer pela primeira vez adeus ao meu avô, que não fui ao seu funeral por falta de coragem. Eu adorava sua maquina de escrever, e sempre mexia escondido em suas coisas de trabalho, desculpas.

Venho por meio deste dizer adeus.

A minha tia Nazaré, que sempre esteve ao meu lado, fazendo o melhor mingau, deixando a casa com cheiro de confortável. Que comia todos meus doces, mesmo não podendo por sua diabetes. E que também, não fui ao seu funeral. Tens a pele mais linda que vi. Aproveitando o ensejo, quero dizer adeus a minha tia Rita, que sempre disse que cuidaria de meus filhos e me ensinou a cozinhar. Sempre linda demais, perfumada demais, determinada demais. Foi muito injustiça contigo, e não consigo conviver com a ideia que seus filhos não irao te abraçar mais.

Venho por meio deste dizer adeus.

Aos meus amigos que passaram, alguns ficaram. Desde pequena. A Erika que já constituiu sua familia. A Luciana que tem um diamante no lugar de seu coração. A Débora, que mesmo em nossas piores desavenças sempre estivemos juntas. A Priscila, provavelmente minha primeira amiga, que frequentava o maternal comigo. Ao Victor, provavelmente meu primeiro namoradinho e sempre bincavamos de “Vamp”. A Débora Santuches que está esperando uma garotinha linda e também trilhando seu caminho. Lembra que éramos radicais e skatistas do colégio? A Natalia, que sempre me ajudou nos trabalhos escolares por ser extremamente preguiçosa. Sempre me acompanhou as viagens, as excursões, aos primeiros bailinhos. A Lais, menina linda por dentro e por fora, que sempre falou o que sente, que escreve em seu diario e curtiamos Alice in Chains juntas. Que durante um tempo me acolheu em sua familia, e foram quase dez anos. Tomamos nossos primeiros porres juntas numa praça que ao fundo sempre tocava Sonic Youth. Aos nossos miojos e sucos de pera. A Irina, nossa, é tão recente mas já faz tão parte de mim. Garota brilhante e esperta por demais. Com garras que qualquer leão invejaria. Forte, é isso que vem a minha mente. Obrigada por me acolher e por sempre tomarmos os nossos cafés com goiabada. Devo agradecer também aos trabalhos da faculdade inacabada.

Venho por meio deste dizer adeus.

A uma pessoa que admiro e provavelmente me deu a oportunidade lifetime, ao Jose Carlos Vincoletto, que sempre enxergou o potencial que não via em mim. Obrigada por tudo, e espero um dia retribui-lo.

Venho por meio deste dizer adeus.

Aos meu professores, aos meus vizinhos, e nossa, foram tantos! Sempre me acolheram e me trataram com muito respeito. Não posso esquecer a Isabel e do Wilson, que foram meus tutores, que me abraçaram quando não pude conhecer a Sandy, e foi a primeira a falar que a vida é uma escada, feita de degraus.

Venho por meio deste dizer adeus.

A todos que esqueci, mas estarão aqui citados como companheiros. Desculpa pelo lapso, a minha memoria não anda bem. Ao Ivan, meu realmente primeiro namorado, no qual atravessávamos a cidade, cabulamos aulas e hoje somos grandes amigos, no qual posso contar para qualquer coisa. Obrigada por me acompanhar nas febres, nas noites, nos dias, nas conversas inacabáveis por telefone. Meu irmão mais velho, venceu da melhor maneira, orgulhosa demais estou.


Desculpas por todos meus erros, mas eu não aguento mais. Esse corpo aqui já não tem forças pra seguir, quem sabe na próxima será diferente? Só digo que sou eternamente agradecida por todos que passaram pela minha vida. E sim, EU AMO TODOS VOCÊS.


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

doispontoquatro.

é mais um ano.
mais doze meses.
mais.
extremamente grata pelos meus erros, meus amigos e meus medos.