segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Luz.

Só de ver o mesmo sol,
as vezes não o mesmo calor,
me sinto perto e longe daqui.
Desejada momentâneamente, eu não ligo, foi diferente e divertido.

This is it.

Não chega aquela hora da noite apertada que nem seu cigarro ou sua música favorita te completa?
Isso me assusta, a dependência da noite, de outros.
Uma vez escrevi que não acreditava na bondade do ser humano, nem mesmo saber em que consiste a bondade.
Crianças se divertem com tão pouco, e eu aqui, querendo este pouco de tudo.

Já passou.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

14:18 - 23 de Junho de 2009

Eu sempre volto pra cá. Lugar de conforto momentâneo, mental e espiritual.
Me pego a pensar que nossas decisões trilham o caminho. Não só as minhas, de todos.
Deve ser o clima também. Pesado e cinza, frio e falta de otimismo.
Juro que tentarei ser o mais linear possível, porém, ando em curvas.
Tentando cavar talentos, receios, receitas, brilhos e revelações. Do que adianta o talento sem a opção da oportunidade?
Talvez esse seja o resquício que herdei de meu pai. Eu ando desperdiçando tempo, não é como virar a ampola de volta e contar outro minuto.
Ok, voltando a ser linear. Não dei seu devido valor.
Agora não sendo tão linear como desejo, talvez meu talento seja não ter nenhum.
Somente beirando a base da sobrevivência e me esquivando de corações vazios.
Um segundo, talvez três.
Ok, foi um pouco mais.
Viu o gigantesco desperdiçar?
Só consigo escrever o que sinto isso leva minha mão percorrer essas folhas que aos poucos criam vida, e assustam a morte de tentar.
Eu vejo beleza, almejo beleza, invejando beleza. Maldito seja o ócio que me consome,
e esse barulho ensurdecedor também!

Herança.

Eu sou o fruto do ócio amargo que me cala.
Sou a preguiça em ascensão e a janela que enclausuro meus cigarros.
Depois de cinco, seis, sete,
é tudo cinza e você me assombra.
Se seu papel é esse, parabéns!
O que me restou foi só lembranças vazias e feridas abertas.
A beleza não me importa,
sua vaidade é horrenda e mesmo assim tenho nojo por ter seu sangue correndo em minhas veias.
Desvencilhou à todos com sua covardia. Sou a negação.
Sou o aperto que chega deixar minhas entranhas à vista.
61 quilos de falta de confiança, sua melhor herança.
Você me matou por dentro, vá, e mate o que resta.
Não dou a mínima.
Se é exemplo que esperam, sou exatamente o contrário.
Sem escolhas, com muitas escolhas,
Falsidade pura, sem sentimentos e sangue frio.
Tento enxergar sua razão, mas você me cegou.
Escolheu a melhor arma,
escudo do qual não consigo escapar.
Minha fé em ti é uma piada ao vento e nada mais.
O que nos liga era um número de telefone, e só.
É o preço que devo pagar, é o preço que já estou pagando,
em longas e duras parcelas.
Se nada mais faz sentido, do que adianta tanta fome?
Nem a luz eu vejo mais em seus olhos,
somente o sombrio destaca.
Já faz quantos anos? Nem sei mais. Envelheci muito esses últimos.
Talvez seja uma fonte de inspiração para minhas caladas horas.
Parabéns mais uma vez!
Vá, e a fere. Assim me ferindo mil vezes mais.
Estás contente agora?
Tanta coisa que não sei...será que devo?
Talvez eu faça parte daquela massa e devo me afastar de todos.
Assim de você também.
Repugnante, foi assim que você me fez,
tanto por fora, quanto por dentro, repugnante!
Sem saber o caminho, com três facas na gaveta e a cara à tapa.
Construiu seu império sob areia,
e o mesmo cairá em sua cabeça.
Isso é o máximo que podemos fazer, somos praticamente iguais.
òdio de me olhar no espelho e me deparar com sua imagem.
Vou empilhar todas minhas dúvidas,
assim, a cada tiro,
uma a uma será desvendada,
ou eternamente mascarada.

Armas Químicas e Poemas.

A cada pinta,
a cada folha,
assim vou me descobrindo.
Preciso de algo para me dedicar,
família, bens, peixes.
Busco e sempre caio neste mesmo beco.
Assustador porém sedutor.
Eu ainda não descarreguei minha bagagem,
minha energia está sendo sugada, e ando precisando comprá-la.
A cada dia desperdiçado,
A cada dia herdado,
o medo do medo,
o fim, o medo.



Fui iludibriada por um sorriso híbrido,bélico,
preciso de minhas armas!

realidade.

Fincar minhas decisões e atitudes em areias não tão movediças.
Minha vida é isso, vai e vem, sim e com.
Não aguento mais lavar os mesmos talheres,
os mesmos metros quadrados.
Lembra, eu sempre volto pra cá.
Olhos cansados de não enxergar beleza, e quanto mais cinza e marejado,
mais sombrio e gelado,
a realidade salta de dentro de nós.

Explosões no Céu.

Acreditei naquele último acorde,
após ele, tudo ficaria bem.
Quando explode a vontade de viver, vem à tona o medo de errar.
Ser sincera à medida, essa é a questão.
Pensei que tu entrarias por aquela porta,
me tiraria para dançar,
rodopiando por dentro e por fora.
Mas não,
não acreditas mais naquela melodia,
E minhas noites não são mais como meus dias.
Não sei o quanto durará, e nem quero.
Se estás sentindo agora o gosto da vida,
sinto a falta sal na minha comida.
Deglutida, se é que existe,
assim me sinto e visto e véu.
Tudo vem tudo vai, tudo passa.
Que derreta entre meus dedos,
darei uma volta e não voltarei mais.

lado a lado.

Vontade de me entregar em algum abraço,
tomar um bom vinho, falar política e asneiras.
Não sentir meus estômago, nem meus pés.
Tirar o peso da nuca e trilhar, lado a lado.
Não me importa a música,
mesa de plástico e copo suado.
Ver nos olhos novos poemas,
Sentir o calor do peito,
perder o respeito.
Fingir que não estou no negativo, enfim,
lado a lado.

Hoje.

Hoje o dia é úmido,
e o sol está tímido.
Sentindo-me fraca, pernas cansadas,
mas não tente roubar o pouco que me resta,
pago muito caro por isso.

Prova.

Certa vez, li em um livro que nós, humanos, não costumamos à olhar 360º graus.
Hoje eu vi a beleza em volta,
contornada pela energia divina,
e não preciso de provas, sou a prova viva.